Nada há exactamente de novo nesta abreviatura de letras que representam esta Plataforma Aberta… na verdade, PAIDEIA, era o "processo de educação na sua forma verdadeira, a forma natural e genuinamente humana" na Grécia antiga.

(Werner Jaeger, 1995).

terça-feira, 1 de junho de 2010

                           Há algum tempo atrás, alguns de nós acreditaram que seria possível encontrar um espaço   e tempo cronológico e emocional... interessaram-se, uniram esforços e atenções em torno da Educação Emocional.... e nasceu a PAIDEIA


  PORQUE GOSTO…

Assuma-se, com a necessária humildade, que construímos os nossos referenciais daquilo para que temos apetência - como quando dizemos vulgarmente “gosto” - com base nos nossos estados emocionais. Na prática, se vivermos emoções de polaridade positiva relativamente a um contexto, vamos querer repeti-lo. Por oposição, teremos tendência a rejeitar as vivências, comportamentos pessoais ou objetos que - por serem percebidos como estímulos emocionalmente competentes de caráter negativo – nos remetem a um estado de corpo negativo, por terem emergido de emoções de polaridade negativa. Poderemos fazer um esforço para memorizar, selecionar e racionalizar, mas na base, “… o aspeto que define os nossos sentimentos emocionais, é a análise consciente dos estados corporais modificados pelas emoções, e é por esse motivo que os sentimentos podem servir de barómetros da gestão da vida.” (Damásio, 2010: 80). Esta evidência científica, deixa toda a pertinência para a emoção, e portanto para a Educação Emocional.
Veiga-Branco, A. (2012). Educação Emocional, um contributo para a Gerontologia (cap. 21) in Pereira, F. Teoria e Prática da Gerontologia. Um Guia para Cuidadores de Idosos. Viseu. Psicosoma.


A Emoção como um atribuidor de sentido

Mas, para deixar claro que as emoções dotam os humanos da capacidade de “atribuição de sentido”, é necessário refletir acerca do quanto estes fenómenos são essenciais, já que, e mais do que isto, «as emoções constituem o enquadramento da própria racionalidade, no sentido de que permitem ao sujeito “estar sintonizado” com o mundo» (Marques-Teixeira, 2003: 49), numa perspetiva holística, que se manifestam através das suas qualidades específicas, e que tanto o humor como as emoções - o que aqui interessa evidenciar – matizam as nossas experiências. Ainda segundo este autor, não só não podem considerar-se «intrusões ou interrupções na nossa objetividade racional», como é um facto que «uma emoção é estruturada por conceitos e juízos, a maior parte deles aprendidos (pelo menos nos seus detalhes e aplicações) e está envolvida numa estratégia de autopreservação física e psicológica», fenómeno racional e emocional, que se observa em todas as idades, e nos idosos em particular.

Veiga-Branco, A. (2012). Educação Emocional, um contributo para a Gerontologia (cap. 21) in Pereira, F. Teoria e Prática da Gerontologia. Um Guia para Cuidadores de Idosos. Viseu. Psicosoma.

Esta é a Equipa da Direcção da PAIDEIA